Inicialmente, os pesquisadores analisaram oito anos de gravações das canções das baleias jubarte da Nova Caledônia e descobriram um padrão recorrente, assim como na linguagem humana. Em seguida, os pesquisadores examinaram outras 16 espécies de baleias e descobriram que a complexa estrutura de linguagem não se limita às baleias jubarte, mas também é seguida por outros cetáceos. Essa é a primeira vez que essa recorrência é encontrada em outras espécies animais além dos seres humanos.
“Esses resultados desafiam crenças de longa data sobre a singularidade da linguagem humana, revelando semelhanças profundas entre espécies evolutivamente distantes. Isso sugere que nossa compreensão da evolução da linguagem pode se beneficiar não apenas da observação de nossos parentes primatas mais próximos, mas também de exemplos de evolução convergente encontrados em outras partes da natureza” disse Simon Kirby, da Universidade Britânica de Edimburgo.
Algumas das regras linguísticas em comum entre cetáceos e humanos, conforme destacado pela pesquisa realizada pela Universidade de St Andrews, na Escócia, são a Lei de Zipf e a Lei de Menzerath. A Lei de Zipf é uma lei empírica de frequência de um evento – de um som, nesse caso – e a Lei de Menzerath, de abreviação, afirma que a duração dos elementos em uma sequência diminui à medida que o comprimento da sequência aumenta.