O Sindicato dos Profissionais da Educação de Cabo Frio (Sepe Lagos) está em rota de colisão com a Secretaria Municipal de Educação (Seme). De acordo com a direção colegiada do sindicato, seus representantes foram retirados da comissão de acompanhamento do Processo Seletivo Simplificado (PSS) devido a alegações de irregularidades. A decisão foi tomada após uma reunião emergencial convocada pelo secretário de Educação, Alfredo Gonçalves, do partido Republicanos. Segundo o Sepe Lagos, o ponto crítico que levou à crise foi a convocação de candidatos antes da conclusão das etapas previstas no edital.
Desde o início de janeiro, o sindicato vinha solicitando uma audiência urgente para discutir demandas da categoria, mas não obteve retorno do secretário. Mesmo integrando a comissão para garantir transparência, o Sepe constatou atrasos injustificados na análise da documentação dos inscritos. Com o ano letivo previsto para começar em 10 de fevereiro, a Seme anunciou na reunião de hoje que descumprirá o edital, convocando candidatos sem aguardar a conclusão da etapa de recursos. Diante das reações contrárias da comissão, Gonçalves encerrou abruptamente a videoconferência, ignorando os representantes dos trabalhadores.
“O Sepe não compactua com irregularidade, falta de transparência e injustiça. O desrespeito com os trabalhadores é inaceitável”, declarou a professora Denize Alvarenga, da coordenação da entidade.
Outro ponto preocupante é a estagnação salarial da categoria, que enfrenta mais de dois anos sem recomposição de seu poder aquisitivo, que vem sendo corroído pela inflação. Segundo o Sepe as terceirizações milionárias de Magdala Furtado continuam intocadas pela atual administração municipal.
