Neste sábado (18), durante a primeira “Prova do Anjo” do BBB 25, Diego Hypolito passou por um momento delicado ao ser içado pela “garra humana”. Visivelmente desconfortável, o ginasta demonstrou sinais claros de fobia, perguntando ansiosamente se permaneceria muito tempo naquela posição.
Após a prova, Diego não escondeu sua vergonha por ter revelado mais uma vez sua vulnerabilidade. Repetiu várias vezes que estava envergonhado, mas é evidente que sua sinceridade e sua luta contra a fobia podem ter gerado identificação em muitas pessoas que enfrentam desafios semelhantes.
Para o irmão mais velho, Edson Hypolito, questões como fobias e doenças mentais nunca deveriam ser motivo de vergonha. “Ver ele falar abertamente sobre suas dificuldades é muito importante, porque mostra para o Brasil que até os grandes campeões enfrentam desafios emocionais, e isso não os torna menos incríveis. Pelo contrário, humaniza ainda mais sua trajetória. Estamos muito orgulhosos da coragem dele em se expor, em tentar superar os próprios limites. Esperamos que isso inspire outras pessoas a buscar força e ajuda quando precisarem. O apoio e a compreensão fazem toda a diferença nesses momentos”.
Mais tarde, em um relato comovente na cozinha do BBB 25, Diego Hypolito revelou que sua fobia de lugares fechados tem raízes em um trauma vivido na infância. Ele relembrou uma prática conhecida como “caixão da morte”, realizada durante sua formação como atleta. Diego explicou que era colocado dentro de um objeto semelhante a um caixão, enquanto outros atletas mais experientes sentavam em cima para impedir sua saída. Em algumas ocasiões, ainda assopravam magnésio no interior, tornando a experiência ainda mais aterrorizante. Segundo ele, essa prática, aprovada pelos treinadores da época, funcionava como uma espécie de “castigo ou ritual de iniciação”.
Não é a primeira vez que Diego aborda esse episódio traumático. Em seu livro Não Existe Vitória Sem Sacrifício, lançado em 2019, ele descreve mais detalhes das situações abusivas e desafiadoras que enfrentou ao longo de sua carreira. Segundo Edson, essas práticas eram cruéis e desumanas. “Diego já nos contou sobre isso várias vezes, e é revoltante pensar que algo tão covarde era aceito na época”, comentou o irmão.
Ao longo da primeira semana no reality, Diego compartilhou outros aspectos de como esse trauma impactou sua vida. Em uma conversa com Vitória, Mateus, Gracyanne e Diogo, revelou ter desenvolvido um medo extremo de lugares fechados. “Quando eu entrava em um shopping e não conseguia enxergar a porta, eu saía correndo”, relembrou Diego, destacando a intensidade da fobia. Ele admitiu ainda que chegou a um ponto crítico: “Não conseguia mais viver.”
Seu relato emocionou os colegas de confinamento e trouxe à tona uma importante reflexão sobre saúde mental. Muitas pessoas podem não compreender completamente a personalidade de Diego, mas é inegável que ele enfrentou uma vida cheia de desafios. Desde lesões e abusos até bullying, dificuldades financeiras na infância e adolescência, a luta para lidar com sua sexualidade, as derrotas olímpicas que o marcaram profundamente e que o levaram a uma depressão severa.
Ainda assim, Diego continua enfrentando seus medos e limitações com coragem, mostrando que, mesmo diante das adversidades, é possível seguir em frente e buscar força para recomeçar.