O ano começou, mas as velhas práticas das empresas de ônibus de Petrópolis permanecem. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis denunciou que os pagamentos dos salários seguem em atraso, situação que se arrasta e compromete não apenas a estabilidade financeira, mas também a saúde mental dos trabalhadores. Segundo o presidente do sindicato, Glauco da Costa, a categoria exige que as empresas apresentem um plano de regularização dos valores em até 24 horas. Caso contrário, será enviado um ofício ao prefeito recém-empossado, Hingo Hames, solicitando apoio imediato.
“É inviável que um sistema tão essencial como o transporte público, diretamente ligado ao direito de ir e vir da população, funcione de forma precária, com empresas que sequer conseguem manter os salários dos trabalhadores em dia. Os trabalhadores da empresa Turp, são os que mais vem sofrendo com os atrasos”, destacou Glauco da Costa.
Em 2024, o sindicato realizou paralisações e avisos de greve na tentativa de minimizar os impactos sobre os rodoviários, que, segundo a entidade, enfrentam não apenas dificuldades financeiras, mas também transtornos emocionais decorrentes da instabilidade. “Quando os salários atrasam, os trabalhadores não conseguem pagar aluguel, comprar alimentos ou honrar compromissos básicos. Isso gera uma carga emocional insustentável, afastando muitos de seus postos de trabalho”, reforçou o presidente.
A expectativa agora é que o novo governo municipal possa intervir na mediação do conflito, buscando uma solução definitiva para problemas que vêm sendo recorrentes no setor de transporte público. Enquanto aguardam respostas, os rodoviários continuam desempenhando suas funções sob condições adversas, clamando por dignidade e respeito.