Pobreza triplica o risco de problemas de saúde mental, segundo relatório da ONU

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Um relatório das Nações Unidas alerta que pessoas em situação de pobreza têm até três vezes mais chances de desenvolver transtornos de saúde mental, como ansiedade e depressão. Segundo os dados, essa realidade já atinge cerca de 11% da população mundial e ainda acompanha uma tendência de crescimento: estima-se que, no futuro, um em cada dois adultos enfrentará algum tipo de problema mental ao longo da vida.

O relatório descreveu a “Economia do Burnout”, um fenômeno no qual a busca incessante por crescimento econômico, combinada à precarização do trabalho — especialmente em plataformas digitais e aplicativos —, se consolida como uma fonte de sofrimento mental.

Nesse cenário, emergem transtornos como a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, um distúrbio emocional decorrente de situações de trabalho altamente desgastantes.

De acordo com Ricardo Patitucci, diretor técnico da Clínica da Gávea da ViV Saúde Mental e Emocional, maior grupo de saúde mental do Brasil, a Síndrome de Burnout é um problema complexo, que apresenta diversos vieses. “Tal condição não se restringe apenas a visão estritamente orgânica da psiquiatria, mas também se estende a um modus operandis social, em que se impera a ética da produtividade a qualquer custo. Isso, associado a crescente competitividade do mundo e as tendências naturais de cada organismo, é a receita certa para o burnout”, explica.

Entre os principais sinais estão agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima. A longo prazo, o distúrbio também pode se manifestar fisicamente, provocando cansaço excessivo, dores de cabeça frequentes, alterações no apetite, insônia, tonturas, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais e alterações nos batimentos cardíacos.

O tratamento, segundo a especialista, envolve principalmente psicoterapia, podendo ser complementado com o uso de medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos. Em geral, os sintomas podem ser controlados entre um e três meses, mas o tempo varia conforme a gravidade de cada caso.

Além disso, mudanças no estilo de vida são essenciais para a recuperação. A prática regular de exercícios físicos e atividades de relaxamento, aliadas a momentos de lazer com amigos e familiares, ajudam a aliviar o estresse e prevenir recaídas. Também é recomendada a adoção de pausas prolongadas, como férias, quando diagnosticado o problema.

Sobre a ViV Saúde Mental e Emocional

A ViV Saúde Mental e Emocional é o maior grupo de saúde mental do Brasil e oferece tratamento da baixa à alta complexidade, com cuidados personalizados, com o propósito de melhorar a qualidade de vida de seus pacientes.

Presente em cinco Estados do País (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo) e no Distrito Federal, com seis instituições (Clínica da Gávea, Instituto São José, Vila Verde, Cadmo, Green House e Clínica Crescer), a missão da ViV é elevar a vida ao seu melhor e integrar os lados físico, mental e social de cada paciente, com uma abordagem baseada no equilíbrio entre o científico e a sensibilidade humana. Busca ser reconhecida como uma rede de excelência assistencial para saúde mental e emocional, contribuindo para redução do estigma no Brasil.