Sindicato alemão sinaliza avanço em negociação com Volkswagen


A Volkswagen e representantes sindicais fizeram progressos em algumas áreas após cerca de 50 horas de negociações sobre o fechamento de fábricas na Alemanha e cortes salariais, mas permanecem sem entendimento em outras, disse o sindicato IG Metall em um comunicado nesta quinta-feira.

“Dessa forma, uma interrupção mais longa ou o término da quinta rodada de negociações está sempre entre os cenários possíveis para um resultado”, disse um porta-voz do sindicato.

+ Volkswagen e sindicato vão retomar negociações em busca de acordo antes do Natal

As negociações estão em andamento desde segunda-feira na esperança de chegar a um acordo antes do Natal para evitar greves em massa que o IG Metall alertou que poderiam começar já no próximo ano.

Cerca de 100 mil trabalhadores já realizaram duas paralisações pontuais no mês passado, na maior mobilização de funcionários da história da empresa. Os trabalhadores protestam contra os planos da administração de cortar salários, reduzir a capacidade e, potencialmente, fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez.

Embora haja um forte desejo de ambos os lados de encontrar um terreno comum, as negociações ainda podem fracassar, disseram várias fontes. “Ainda há muito a ser feito”, disse uma delas.

A Volkswagen não quis comentar.

Os dois lados continuam distantes em questões fundamentais, incluindo o potencial de fechamento de fábricas, ao qual os trabalhadores se opõem fortemente, mas que a Volkswagen disse que é necessário para cortar custos e responder ao que ela espera que seja uma demanda estruturalmente mais fraca na Europa.

Os cenários em discussão incluem cortes de capacidade, em vez de fechamento total de fábricas, disseram as fontes. Na semana passada, o jornal Handelsblatt informou que uma possibilidade poderia ser a transferência da produção do modelo Golf para o México, a partir da principal fábrica da montadora alemã em Wolfsburg.

A Volkswagen, a maior montadora da Europa, também está enfrentando concorrentes chineses ágeis e com menores custos, bem como uma adoção mais lenta do que o esperado de veículos elétricos.



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