O sol pode, muito em breve, produzir uma superexplosão. A força emitida será gigantesca: equivalente à explosão de 10 bilhões de bombas atômicas ! Cientistas acreditam, devido a um estudo recente, que esse é um evento comum – mas pode ter sérias consequências na Terra.
Um novo estudo publicado pela revista Science na quinta-feira (12) mostra que, ao contrário do que os cientistas acreditavam anteriormente, superexplosões estelares são mais frequentes do que pensavam: acontecem, aparentemente, a cada 100 anos.
Para chegar à conclusão, os estudiosos observaram 56 mil estrelas semelhantes ao sol para entender padrões e intervalos.
Riscos de superexplosão solar
Valeriy Vasilyev , principal autor do estudo e pesquisador do Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar , disse que uma explosão assim, no Sol, está mais próxima do que os cientistas previram – e isso pode ter uma consequência séria na Terra.
Uma superexplosão causaria um impacto gigantesco no nosso planeta. “Sistemas de energia elétrica poderiam ser derrubados, satélites seriam destruídos e tecnologias de comunicação e navegação seriam inutilizadas,” disse ao Live Science.
Superexplosão solar: o que é?
Para haver uma superexplosão solar, é necessário que campos magnéticos que fiquem na superfície do Sol se reconfigurem de forma abrupta. Isso gera a liberação massiva de radiação e, normalmente, ejeção de plasma (ou massa coronal).
Esse plasma viaja pelo universo e pode chegar até a Terra. Isso geraria, então, apagões de rádio, auroras celestes brilhantes e, possivelmente, danos a equipamentos elétricos e eletrônicos.
Problemas com explosões
Pelo menos uma grande explosão solar causou problemas na Terra anteriormente. Em 1859, uma tempestade solar queimou sistemas de telégrafos e gerou luzes vistas por todo o planeta.
Cerca de 100 anos depois, houve outra explosão solar: mas estima-se que foi no lado não visível do sol para a Terra, na época.
Além disso, estudos em árvores antigas mostram, pelo padrão de anéis de crescimento, que as explosões acontecem a cada século, mais ou menos.
Estima-se, então, que a próxima explosão aconteça entre 2050 e 2060 – poucas décadas em diante. “Ainda há incertezas, mas a possibilidade de uma superexplosão solar em breve é real”, alertou Vasilyev.