City fecha temporada com lucro, apesar dos problemas – 13/12/2024 – Esporte


O Manchester City registrou mais um ano de lucros graças aos ganhos obtidos com a venda de jogadores no mercado de transferências, em uma temporada em que o clube manteve novamente o título de campeão inglês, apesar das distrações fora de campo relacionadas às batalhas legais com a Premier League.

O clube reportou um lucro líquido de mais de £ 73 milhões (R$ 527,5 milhões) no ano encerrado em 30 de junho, ligeiramente abaixo dos aproximadamente £ 80 milhões (R$ 603 milhões) do ano financeiro anterior, de acordo com seu relatório anual da temporada 2023/24.

As receitas anuais aumentaram em £ 2,2 milhões (R$ 16,5 milhões), atingindo £ 715 milhões (R$ 5,4 bilhões), um recorde do clube, enquanto o City venceu a Premier League pela quarta temporada consecutiva, um feito sem precedentes.

As receitas do City haviam saltado em cerca de £ 100 milhões (R$ 753,6 milhões) no ano financeiro anterior, quando o time se tornou apenas a segunda equipe inglesa a vencer a tríplice coroa, com a conquista do Campeonato Inglês, da Copa da Inglaterra e da Champions League.

As maiores receitas comerciais e de dias de jogos foram parcialmente compensadas por um declínio na receita de transmissão depois que o City saiu da Champions, a lucrativa competição europeia, nas quartas de final. O City, que ganhou o troféu em 2023, perdeu para o eventual vencedor Real Madrid.

Enquanto as despesas operacionais anuais aumentaram em cerca de £ 26 milhões (R$ 196 milhões), chegando a quase £ 780 milhões (R$ 5,9 bilhões), o City mais uma vez obteve um retorno considerável graças aos maiores lucros com a venda de jogadores no mercado de transferências. Esses ganhos saltaram para £ 139 milhões (R$ 1,05 bilhão), acima dos mais de £ 121 milhões (R$ 912 milhões) da temporada anterior.

“Vencer a tríplice coroa na temporada anterior não gerou qualquer sensação de complacência em nossas equipes, dentro ou fora de campo”, disse o CEO do City, Ferran Soriano, em comunicado. “Mas nos lembrou de como o tamanho do desafio aumenta cada vez que elevamos o nível.”

No entanto, os resultados surgem em um momento de teste para o City dentro de campo e nos bastidores. O clube aguarda o resultado de um julgamento por uma comissão independente, após a Premier League acusar os campeões, em fevereiro de 2023, de mais de cem violações de suas regras. O City negou as acusações.

A seção do relatório anual que define os riscos e incertezas que o clube enfrenta reiterou a posição do City sobre o “conjunto abrangente de evidências irrefutáveis que existem em apoio à sua posição”.

Após quatro títulos consecutivos da liga, o desempenho do City caiu nesta temporada, com lesões de jogadores como o vencedor da Bola de Ouro, Rodri, afetando o time.

O City está em quarto lugar na Premier League após perder quatro dos 15 jogos até agora, um a mais do que em toda a temporada passada. Na Champions League, está em 22º lugar na classificação após perder para a Juventus na Itália esta semana. No domingo (15), o City receberá o Manchester United no primeiro derby desde que seus rivais locais nomearam o novo técnico Ruben Amorim.

O relatório anual reconheceu que “receitas significativas dependem de fortes desempenhos da equipe na Premier League, competições domésticas e europeias”.

Sheikh Mansour bin Zayed Al Nahyan, membro da família governante de Abu Dhabi, adquiriu o clube em 2008. Ele agora faz parte do CFG (City Football Group), que possui uma rede de clubes ao redor do mundo. Enquanto Sheikh Mansour mantém o controle do CFG, a firma de investimentos americana Silver Lake é acionista minoritária.

O Manchester City está trabalhando em um projeto de £ 300 milhões (R$ 2,2 bilhões) para expandir a capacidade de seu estádio para mais de 60 mil lugares, juntamente com instalações de lazer e varejo e um hotel. A média de público para os jogos da Premier League em casa foi de 53.346 em 2023/24.

“A infraestrutura tem sido, e sempre será, um foco importante e, em particular, o ecossistema do Etihad Campus”, disse o presidente do City, Khaldoon Al Mubarak, que também é CEO do investidor soberano de Abu Dhabi, Mubadala.



Folha de S.Paulo