O ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário estadual de Transportes do Rio , Washington Reis (MDB), reagiu nesta sexta-feira (13) à operação deflagrada pela Polícia Federal, que investiga suspeitas de compra de votos e lavagem de dinheiro.
Em entrevista ao GLOBO, Washington Reis criticou a operação, alegando que ela é infundada e baseada em denúncias de adversários políticos. Ele defendeu sua campanha como sendo legítima, com todas as contas aprovadas, e afirmou não ter nada a temer.
“Para mim essa operação não tem nexo. Fizeram um mandado, não sei para buscar o que. É um assunto totalmente desconexo. Adversários fizeram notícias. Nossa campanha foi feita dentro da lei, contas aprovadas, nada a temer”, afirmou Washington Reis, ao GLOBO.
A operação da Polícia Federal cumpre 22 mandados de busca e apreensão em várias cidades da Baixada Fluminense e na cidade do Rio de Janeiro, incluindo as casas dos irmãos Washington e Wilson Reis, prefeito de Duque de Caxias. As investigações tiveram início em outubro deste ano, durante o período eleitoral, e envolveram a prisão de um homem em flagrante, em Duque de Caxias, com quase R$ 2 milhões em espécie.
Fraudes em Cartões de Vacina
Esta não é a primeira vez que os irmãos Reis são alvos de investigações da Polícia Federal. Em julho de 2023, uma operação apurou a existência de uma associação criminosa responsável por inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos vinculados ao Ministério da Saúde.
Washington Reis foi apontado como um dos beneficiários do suposto esquema, e seu nome constou no relatório da PF que indiciou, além de outras figuras políticas, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Gutemberg Reis, irmão de Washington.
A operação de fraude em cartões de vacina foi um marco nas investigações, com Duque de Caxias, cidade governada por Washington Reis, sendo identificada como uma base para a inserção de dados falsos nas cadernetas de vacinação de figuras públicas, incluindo Bolsonaro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e a própria família Reis.