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09/12/2024 – 9:37
Os trabalhadores da Volkswagen na Alemanha aumentaram a pressão sobre a companhia com novas paralisações nas fábricas da montadora no país nesta segunda-feira, 9, quando uma quarta rodada de negociações está prevista em meio a um impasse sobre cortes salariais e fechamento de instalações produtivas.
A nova rodada de negociações, que teve início em setembro, ocorre no momento em que a maior montadora da Europa busca maneiras de cortar radicalmente custos na Alemanha para competir melhor com rivais asiáticos em seu mercado doméstico.
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As negociações começarão por volta das 12h30 (8h30 horário de Brasília) e os trabalhadores farão paralisações de quatro horas em nove fábricas na Alemanha, a segunda parada em uma semana e que será duas vezes mais longa do que as paralisações que ocorreram anteriormente.
“É hora de a diretoria tomar uma atitude”, disse o negociador-chefe do sindicato IG Metall, Thorsten Groeger, em uma reunião em Wolfsburg, onde fica a sede da empresa.
“Nossa expectativa para hoje é que a empresa pare de insistir em suas posições máximas e se aproxime de nós. A confiança foi destruída… os trabalhadores estão muito irritados. A marca VW está ameaçada de ser prejudicada pelo comportamento da diretoria e o preço das ações foi jogado para o fundo do poço. Isso é responsabilidade da diretoria.”
Os trabalhadores, que rejeitam qualquer corte de salários ou fechamento de fábricas, podem aumentar a pressão fazendo greves de 24 horas e até mesmo paralisações por tempo indeterminado.
“Talvez isso faça com que o conselho de administração da VW caia em si. Caso contrário, continuaremos a apertar”, disse o sindicato IG Metall em um comunicado aos funcionários na sexta-feira, acrescentando: “E aí as coisas ficarão muito, muito desconfortáveis.”
A Volkswagen insiste que o corte de capacidade e nos salários são necessários porque a demanda por carros na Europa caiu, enquanto os custos na Alemanha tornam impossível para o grupo competir com os novos rivais.
O negociador-chefe da VW, Arne Meiswinkel, disse que os sindicatos e a administração precisam encontrar caminhos alternativos para uma solução para as fábricas alemãs depois que a empresa rejeitou uma proposta apresentada pelos trabalhadores, afirmando ser insustentável.
“Continuamos precisando reduzir custos e reduzir o excesso de capacidade”, disse Meiswinkel.
Na semana passada, o presidente-executivo do grupo Volkswagen, Oliver Blume, defendeu as decisões da empresa como necessárias em um ambiente de rápidas mudanças, dizendo que a administração não pode operar “em um mundo de fantasia”.