A empresa contratada alega falta de pagamento da Prefeitura. Caminhões de coleta voltaram a descarregar no lixão que está interditado pela Justiça desde 2023. Transbordo de lixo é suspenso em Teresópolis
O serviço contratado pela Prefeitura de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, para fazer o transbordo do lixo da cidade até o aterro sanitário licenciado em Leopoldina (MG) foi interrompido nesta quarta-feira (4) pela empresa União, que notificou a prefeitura alegando falta de pagamento.
Com a paralisação, os onze caminhões de coleta que atendem a cidade ficaram sem poder descarregar o lixo e passaram a noite na garagem da empresa, a Inova Ambiental, totalmente carregados.
Lixo se acumula no lixão do Fischer, em Teresópolis, com a suspensão do serviço de transbordo dos resíduos até aterro sanitário de Leopoldina
Reprodução Inter TV RJ
Para manter o serviço de coleta, na manhã desta quinta-feira (5), os caminhões voltaram a despejar os resíduos no lixão do Fischer, que está interditado pela Justiça desde junho de 2023, ano em que o local foi atingido por um grande incêndio, deixando a cidade por dias sob uma nuvem de fumaça.
Bombeiros trabalhando no combate ao incêndio no lixão de Teresópolis em 2023
Corpo de Bombeiros/Divulgação
Sem a retirada adequada dos resíduos, uma montanha de lixo se acumula no terreno. Uma máquina da prefeitura foi mobilizada para controlar precariamente os resíduos, enquanto se aguarda a retomada do transporte para um aterro.
A Prefeitura de Teresópolis disse que busca um acordo com a empresa para que o serviço seja retomado.
Conforme informado pela prefeitura, o contrato com a empresa de transbordo prevê um pagamento mensal de cerca de R$ 1,2 milhão pelo transporte de aproximadamente 4.500 toneladas de resíduos.
Em nota, a administração municipal afirmou que os pagamentos à empresa União não estão atrasados há mais de dois meses, prazo necessário para justificar a suspensão do serviço, e disse que está adotando “as medidas legais e administrativas cabíveis para a retomada imediata do serviço”.
O g1 tenta um posicionamento da Justiça e das empresas Inova Ambiental e União sobre o caso.
G1 Região Serrana