EUA diz estar comprometido com uma ‘solução diplomática’ no Líbano


O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, durante coletiva de imprensa no Pentágono, em Washington, em 30 de outubro de 2024
Saul Loeb

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, durante coletiva de imprensa no Pentágono, em Washington, em 30 de outubro de 2024

SAUL LOEB

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, destacou que seu país está comprometido com uma solução diplomática no Líbano, em um telefonema, neste sábado (23), com seu homólogo israelense, enquanto Israel continua a bombardear o Hezbollah.

Austin “reiterou o compromisso dos Estados Unidos com uma solução diplomática no Líbano, que permita aos civis israelenses e libaneses voltarem sãos e salvos a seus lares nos dois lados da fronteira”, durante conversa por telefone com Israel Katz, segundo um porta-voz do Pentágono.

Durante a conversa, Katz afirmou que Israel “continuará agindo decididamente em resposta aos ataques do Hezbollah contra posições civis em Israel”, segundo um porta-voz do ministro israelense.

“Katz elogiou os esforços dos Estados Unidos para facilitar a desescalada no Líbano, enfatizando que Israel está comprometido a restaurar a segurança para permitir o retorno dos moradores do norte a seus lares”, acrescentou o porta-voz.

No telefonema, Austin também “instou o governo de Israel a seguir tomando medidas para melhorar as terríveis condições humanitárias em Gaza e enfatizou o compromisso dos Estados Unidos de assegurar a libertação de todos os reféns, incluídos os cidadãos americanos”.

Neste sábado, o Líbano informou que um ataque aéreo israelense no coração de Beirute, que derrubou um edifício residencial e assustou os moradores de toda a cidade, causou a morte de pelo menos 15 pessoas. Outras 30 morreram em ataques em redutos do Hezbollah no leste e no sul do país.

Israel intensificou sua campanha contra o grupo armado Hezbollah no fim de setembro.

O Ministério da Saúde libanês reporta que pelo menos 3.645 pessoas morreram desde outubro de 2023, quando o Hezbollah começou a trocar tiros com Israel em solidariedade a seu aliado palestino, o Hamas.

A ONU e outros organismos têm denunciado reiteradamente as condições humanitárias, particularmente no norte de Gaza, onde Israel informou, na sexta-feira, ter matado dois comandantes envolvidos no ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023.

Na conversa com Katz, Austin também discutiu as operações israelenses em curso e reafirmou o “compromisso ferrenho de Washington com a segurança de Israel”, declarou o Pentágono.



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