O desmatamento na Amazônia Legal apresentou uma redução de 30,6% no período de agosto de 2023 a julho de 2024, se comparado ao ano anterior de 2022 a 2023.
Conforme informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta quarta-feira (6), os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).
Desmatamento na Amazônia Legal
Com a redução, o desmatamento alcançou 6.288 quilômetros quadrados km². Sendo assim, conforme o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o resultado representa o menor valor percentual dos últimos 15 anos.
Para medir essas áreas, o monitoramento é realizado no intervalo de agosto de um ano até julho do próximo ano.
“Conseguimos resultados importantes no ano passado e este ano, novamente, um resultado altamente significativo”, destacou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Conforme o relatório, a melhor taxa de redução do desmatamento foi medida em Rondônia com 62,5%, acompanhada pelo Mato Grosso (-45,1%), Pará com (-28,4%) e Amazonas registrando (-29%). Em contrapartida, Roraima apresentou aumento de 53%.
Além disso, dentre os quesitos que a redução do desmatamento apresentou foi um volume de 359 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2).
“Uma queda significativa no desmatamento da Amazônia pelo terceiro ano consecutivo é sem dúvida uma boa notícia, porém não é suficiente diante do tamanho dos desafios climáticos e de preservação da biodiversidade que enfrentamos. Não podemos esquecer que 2024 foi um ano de diversas tragédias climáticas no Brasil. E se quisermos evitar os piores cenários de eventos extremos no país, como o que aconteceu no Rio Grande do Sul e as queimadas no Pantanal, precisamos garantir que a queda no desmatamento seja mantida e acelerada nos próximos anos”, alegou Mariana Napolitano, diretora de estratégia do WWF-Brasil.
Por sua vez, no Cerrado, a taxa de desmatamento entre agosto do ano passado e julho deste ano apresentou queda de 25,7%.