Quantas vezes, ao descobrir algo novo, você já não se pegou comentando: “deixa eu ver”? Pois é. Essa frase, hoje já enraizada na cultura brasileira, ilustra nosso jeito de “enxergar com as mãos”, precisando de uma experiência tátil para realmente absorver o novo. Imagina então quantas vivências e transformações as mãos fatigadas de um pequeno agricultor já não “viram” ao longo de tantos anos de labor intenso e perseverante na terra?
Pois é. Mudanças econômicas, falta de chuvas, secas prolongadas, solos inférteis, lixo acumulado, pragas rurais e até mesmo uma pandemia foram apenas alguns dos percalços vividos por tantos agricultores ao longo das últimas décadas – mas existe uma coisa que certamente muitos deles nunca viram e hoje tem enchido seus olhos ao trabalhar no dia a dia da lavoura: água potável e de qualidade.
Isso porque na Região dos Lagos essa realidade se faz cada vez mais presente graças ao trabalho da Prolagos, empresa responsável pelo abastecimento de água e esgoto de cinco cidades que fazem parte da região. Ações como plantio, palestras, visitação a unidades operacionais e distribuição de mudas sempre fizeram parte da rotina da Prolagos, por meio do setor de Responsabilidade Social da empresa sempre foram oferecidas com o mesmo grau de importância que o tema tem.
Apesar da notoriedade nacional que a Região dos Lagos passou a ter ao longo dos anos devido principalmente ao turismo, a agricultura também tem a sua importância, fazendo que pequenos e médios produtores reconheçam a responsabilidade social da Prolagos e se sintam cada vez mais motivos ao plantio, seja para a agricultura familiar ou comercial.
Quem garante isso é o pequeno produtor Romualdo Almeida Braga. “Aldo”, como é carinhosamente conhecido em Botafogo, bairro onde mora em Cabo Frio, diz que começou com o plantio há cerca de 20 anos, no quintal da casa onde morava. Com toda a estrutura de qualidade, campanhas educativas voltadas para o meio ambiente e a significativa melhora no tratamento de água e esgoto proporcionada pela Prolagos, o que era um hobbie passou a ser um negócio, ainda que pequeno. “Desde pequeno, sempre gostei de plantar e colher. Mas, além do terreno, é necessário uma série de fatores para promover o plantio, entre eles a infraestrutura por parte da empresa responsável pela água”, destaca Aldo, garantindo que, assim como ele, outros pequenos e médios produtores se sentem motivados ao plantio.
As sementes de tomate, beterraba, coentro, alface e cebolinha foram germinadas na sementeira, confeccionada pela dona Conceição Gutierrez, argentina radicada em Cabo Frio. Com um pequeno plantio que lhe oferece uma renda extra de cerca de R$ 2 mil com o fornecimento para pequenos comerciantes, ela ressalta a importância da qualidade de água. “A qualidade da água é um fator importante para o sucesso do plantio, pois afeta a produtividade e os sistemas de irrigação. A água é essencial para as plantas, pois transporta nutrientes minerais e produtos orgânicos da fotossíntese. No entanto, a falta de água ou
qualidade inadequada dela pode destruir lavouras e ecossistemas”, alertou.
Os problemas ligados à qualidade da água em relação ao plantio são poucos relatados de um modo geral, mas, quando são, se caracterizam por aspectos ligados à salinidade. Problemas com ferro, manganês, bactérias e algas, contidas na água ou sistemas de irrigação são alguns deles, mas que são descartados por engenheiros agrônomos e pequenos produtores de Cabo Frio.