Iniciativa privada traz uma maré de mudanças e transforma a vida da população
Por: Everaldo Cabral
Dizem que a água é uma substância inodora, insípida e incolor, mas basta ela ser de má qualidade para essa definição cair por terra, não é mesmo? Afinal, quando a água está contaminada, pode ter cheiro, sabor e até cor, além de apresentar um grande risco à saúde. Por essa razão, a Prolagos – empresa responsável pelos serviços de saneamento básico das cidades de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia – se tornou a maior referência do mercado local, adotando tecnologias avançadas para garantir água de qualidade à população.
Quem atesta isso é quem está na “ponta da lança”, sendo beneficiário direto desses investimentos e melhorias: os moradores. José Coelho Filho, por exemplo, reside em Novo Arraial há 20 anos e se orgulha de ser um dos beneficiados com a obra de extensão da rede de abastecimento para o bairro, que fica a 24 km do centro de Arraial do Cabo. A instalação dos hidrômetros nos imóveis do Novo Arraial acaba de ser finalizada pela Prolagos, proporcionando satisfação não só a José Coelho, mas também para cerca de outras 600 famílias que moram por lá. “A chegada da água é uma realização para todo mundo aqui no bairro, pois a expectativa é a de que ele fique mais valorizado. É mais progresso e qualidade de vida para todo mundo. Isso aumenta também nossa autoestima como moradores do local”, destaca o aposentado.
Para fornecer água tratada ao Novo Arraial, além de diversas outras cidades, bairros e localidades atendidas pela empresa, foram realizadas obras de alta complexidade técnica, mas sempre por etapas, a fim de viabilizar o bombeamento da água até os imóveis. O maior exemplo disso é que o Novo Arraial é considerado agora o ponto mais distante da rede de distribuição, estando a mais de 70 km da Estação de Tratamento de Água (ETA), localizando-se às margens da Represa de Juturnaíba, em São Vicente de Paulo, em Araruama.Mas não parou aí: no meado deste ano, após a conclusão do trabalho no Novo Arraial, a rede de abastecimento começou a ser estendida para os bairros do Sabiá, Caiçara e Pernambuca, totalizando 108 km de rede instalada, levando desenvolvimento e qualidade de vida para toda a região dos distritos cabistas. “Essa obra foi um passo importante para a universalização do abastecimento de água na nossa região”, destaca o diretor-presidente da Prolagos, Pedro Augusto Freitas. “Mais do que a água na torneira dessas pessoas, levar abastecimento aos distritos de Arraial é levar orgulho e bem-estar para os seus moradores”.
Ao realizar investimentos dessa magnitude, que impactam diretamente a saúde e a qualidade de vida da população, a empresa consegue um feito notável: quase zerar o número de mortes e doenças provocadas pela falta de saneamento básico nas cidades que recebem diariamente o serviço da Prolagos, realidade que segue na contramão do Brasil afora, onde cerca de 32 milhões de pessoas não tem acesso à água potável e 90 milhões não tem acesso à coleta de esgoto, segundo o Instituto Trata Brasil.
De acordo com a médica e pesquisadora especializada em pediatria, terapia intensiva pediátrica e infectologia, Dra. Fabiana Sotero Momento, o saneamento básico é uma ação de infraestrutura de saúde pública. “Por meio dela, é possível controlar doenças diretamente ligadas à falta de higiene, como as que são transmitidas por via oral. Isso porque a água para consumo, quando contaminada por coliformes fecais contendo vírus, bactérias, verminoses e protozoários, pode provocar surtos e graves problemas de saúde coletiva”, destaca a especialista, lembrando que, das enfermidades relacionadas ao saneamento, as diarreias representam mais de 80% dos casos, sendo responsáveis por cerca de 40% das internações hospitalares em crianças menores de 5 anos no mundo.
Nas cinco cidades de competência e responsabilidade da empresa, onde a Prolagos já investiu mais de R$1,4 bilhão ao longo de 25 anos de atuação, dados do Ministério da Saúde indicam que a taxa de mortalidade por doenças de veiculação hídrica é reduzida, sendo zero em quase todos os anos. Neste período, a concessionária triplicou o fornecimento de água potável, passando de 30% para 98%, saltando de 0% para 80% a coleta e o tratamento do esgoto.
Esses investimentos também são confirmados pelas secretarias municipais de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, por exemplo. Na primeira cidade, segundo a secretaria de saúde, 17 moradores precisaram ser internados em algumas das unidades municipais com sintomas de diarreia ou vômitos nos últimos 90 dias. Os exames e os depoimentos de todos, entretanto, mostraram que a intolerância foi ocasionada pela ingestão de algum alimento consumido ou até mesmo a ingestão demasiada de bebidas alcoólicas. Ou seja, problemas de saúde que não estavam relacionados ao consumo de água de má qualidade ou à falta de saneamento básico em Cabo Frio.Já em São Pedro da Aldeia, 11 moradores precisaram ser socorridos e internados em um dos postos do município no mesmo período. E, a exemplo de Cabo Frio, todos os casos sem gravidades e supostamente pelo mesmo motivo: consumo de alimentos contaminados ou estragados. Tanto o poder público de uma cidade quanto de outra descartou internações provenientes de baixa qualidade da água fornecida ou falta de saneamento básico. Além de investir para ampliar o acesso ao saneamento, a concessionária cumpre uma rigorosa rotina de controle de qualidade, que inclui a realização diária de coletas e análises laboratoriais em diversas partes do sistema de abastecimento, totalizando mais de quatro mil exames mensais. O objetivo é que a água que chega nos imóveis tenha a mesma qualidade da que sai da estação de tratamento, atendendo a todos os padrões de qualidade e potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde.
Para se ter uma ideia da importância desse trabalho, basta citar o exemplo de Dinamérica Mathias. Moradora de Cabo Frio, ela pegou hepatite quando criança, logo após beber a água do poço que existia no quintal da casa onde morava. A prática era comum naquela época, pois o abastecimento de água era precário e, mesmo sem a garantia da qualidade, as pessoas utilizavam essa água para beber e cozinhar. “Eu me lembro que, naquela época, tínhamos muitos problemas com a falta de água e não existia alternativa a não ser recorrer ao poço. Como a água estava contaminada, acabei ficando doente, mas, graças a Deus, pude fazer o tratamento e me recuperei”, relembra Dinamérica, que hoje tem 57 anos.
Isso prova que o investimento em água e esgoto é fundamental para a prevenção de doenças, especialmente considerando que cada R$ 1,00 investido em saneamento gera uma economia de R$ 4,00 em saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Alinhada a esse princípio, a Prolagos reafirma seu compromisso em oferecer água de qualidade, trazendo saúde e bem-estar para toda a população.
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Fonte: Redação Plantão dos Lagos
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