Democrata Eric Adams, segundo promotores, aceitou benefícios ‘valiosos e indevidos’ durante dez anos, quando chefiava a polícia da cidade. O prefeito de Nova York, Eric Adams, em 16 de setembro de 2024.
Seth Wenig/ AP
O prefeito de Nova York, Eric Adams, foi acusado criminalmente nesta quinta-feira (26) por suspostamente ter aceitado propinas e contribuições ilegais de “fontes estrangeiras”, anunciou a promotoria da cidade.
Os promotores entragram à Justiça quatro acusações contra Adams, um democrata que foi chefe da polícia de Nova York por mais de dez anos. Entre elas, está a de que recebeu verbas de um membro do governo da Turquia.
Segundo a denúncia, ele foi acusado de quatro crimes:
Receber contribuições ilegais através de um programa de fundos de Nova York. Sua campanha recebeu mais de US$ 10.000 (cerca de R$ 54.000) em fundos correspondentes como resultado de certificações falsas, de acordo com a acusação;
“Solicitar e exigir” subornos como viagens de luxo gratuitas e com grandes descontos, a um membro do governo turco. Segundo a denúncia, em troca, Adams ajudou o governo turco com regulamentos do consulado do país em Manhattan;
Criar e instruir terceiros a criarem documentos falsos para tentar comprovar que ele pagou por viagens que foram na verdade gratuitas.
Fraude eletrônica ao apagar mensagens com outras pessoas envolvidas em sua má conduta.
A Promotoria, na denúncia, fala de “mais de uma década de corrupção”.
Adams governa a cidade de Nova York desde 2021, mas, antes, comandava a polícia local, quando, segundo a acusação, também cometeu as irregularidades.
Prefeito de Nova York é acusado criminalmente por aceitar propina e fundos ilegais de campanha de ‘fontes estrangeiras’
Após a denúcia, ele disse que seguirá em seu posto e negou as denúncias. “Eu segui as regras de campanha e segui a lei”, afirmou.
Na semana passada, no entanto, uma série de secretários de seu governo renunciaram após saberem da investigação em curso contra ele.
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