Na última semana, o dólar à vista fechou as negociações cotado a R$ 5,521, após uma correção que interrompeu sete pregões consecutivos de queda.
Amanhã, acompanharemos a divulgação da Ata do Copom, referente à última reunião de política monetária, que resultou em um aumento unânime de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, agora em 10,75% ao ano. O mercado estará atento às diretrizes da Ata para ajustar suas expectativas de inflação, o que poderá impactar o comportamento do câmbio.
Na sexta-feira, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgaram o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 4º bimestre. Os principais destaques foram:
- Aumento de R$ 8,336 bilhões nos benefícios previdenciários para 2024.
- Redução de R$ 557,6 milhões nos encargos sociais.
- Incremento de R$ 10,139 bilhões nas receitas de dividendos de estatais.
- Queda de R$ 3,511 bilhões nas concessões.
- Alta de R$ 4,855 bilhões na arrecadação de royalties.
Com esses dados, surge a pergunta: O governo pretende cortar gastos? A previsão de déficit primário foi revisada para R$ 28,3 bilhões, devido à melhoria nas estimativas de receita, o que reduziu a necessidade de novos contingenciamentos. Esse ajuste fiscal foi viabilizado pela nova legislação que compensou o impacto das desonerações na folha de pagamento e pela antecipação de dividendos.
Aqui no Brasil, é fundamental monitorarmos o fluxo de capital. Com a alta da Selic e a queda dos juros nos EUA, espera-se uma maior entrada de recursos no país.
No cenário internacional, o conflito no Oriente Médio continua a se intensificar. O grupo Hamas ainda não libertou os sequestrados, e Israel mantém suas ações até que os civis sejam devolvidos. Esse conflito pode gerar impactos no mercado.
Outro ponto de atenção são as commodities. A queda nos preços na última sexta-feira favoreceu a valorização do dólar, porém, as perspectivas econômicas da China, nosso principal parceiro comercial, seguem preocupantes.
Agenda econômica de hoje:
- Feriado no Japão.
- Zona do Euro: Divulgação dos PMIs Industrial, de Serviços e Composto de setembro, antes da abertura do mercado.
- Brasil: Boletim Focus (8h25).
- EUA: Discurso de Raphael Bostic (9h), membro do FOMC; PMIs Industrial, de Serviços e Composto (10h45); Discurso de Neel Kashkari (14h), também membro do FOMC.
Desejo a todos uma excelente segunda-feira!
