Avaliação Jeep Renegade 2025: apesar da idade, ele continua um SUV competitivo?


Por Guilherme Silva

Lançado em 2015 e perto de completar dez anos de vida, o Renegade chega à linha 2025 com mais de meio milhão de unidades vendidas somente no Brasil e um reposicionamento de versões para se manter competitivo dentro do segmento dos SUVs compactos – o mais disputado do mercado há quase uma década. Sem novidades visuais e mecânicas, o SUV ganhou nova oferta de configurações com tração apenas dianteira e voltou a oferecer a série especial Willys, com 4×4.

A versão de entrada passou a R$ 115.990, graças a uma pequena redução de preço, e a Sport foi substituída pela inédita Altitude (R$ 147.990), que cobra R$ 4 mil extras por acrescentar painel digital, central multimídia maior, ar-condicionado digital bizona, rodas de liga leve de 17”, teto pintado de preto e para-barros.

Já a intermediária Longitude não sofreu alterações no conteúdo e manteve o preço de R$ 165.990. Soma rodas aro 18”, carregador por indução, bancos de couro e o sensor de estacionamento dianteiro. Acima dela, a configuração Night Eagle, de R$ 170.990, adiciona detalhes externos escurecidos, chave presencial, faróis adaptativos com acendimento automático, retrovisor interno antiofuscante, sensor de chuva e monitor de ponto cego.

Ainda há a estreante Sahara (R$ 173.990), nova versão topo de gama com tração 4×2: inspirada no jipão Wrangler, é a única que pode receber a pintura Slash Gold (um dourado metálico que contrasta com o teto preto). As rodas de 18” e os frisos laterais mais largos também são exclusivos. A Trailhawk sai pelo mesmo preço da Sahara após uma redução de R$ 14 mil, uma vez que perdeu os equipamentos acima, do pacote Night Eagle. A Série S, que trazia os mesmos itens e a tração 4×4 da Trailhawk, foi retirada do catálogo.

Por fim, a série especial Willys, limitada a 500 unidades, volta a ser vendida com preço sugerido de R$ 179.990, que dá direito aos mesmos itens da Sahara, mais pintura na cor exclusiva verde Recon, adesivos alusivos ao antigo jipe que originou a marca, soleiras nas portas, novas rodas de 17”, pneus de uso misto ATR e airbag para os joelhos do motorista.

Todas as versões possuem airbags frontais, laterais e de cortina, além de faróis e lanternas de LED. Itens triviais, como tampão do porta-malas, rack de teto, luzes no porta-luvas e quebra-sol e câmera de ré estão disponíveis a partir da Altitude, a mais em conta equipada com detecção de fadiga do motorista, frenagem autônoma emergencial, monitoramento de mudança de faixa e conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay – opcionais nas versões Turbo e PCD (R$ 99.719).

+ Avaliação: VW T-Cross 2025 muda pouco, mas mantém mistura campeã
+ Fiat Pulse seminovo: confira prós, contras e manutenção

(Divulgação)
(Divulgação)
(Divulgação)

Acima, a cabine com acabamento acima da média – justamente o contrário do diminuto porta-malas, um dos poucos defeitos em um SUV que tem ótima relação custo-benefício

• A Jeep não mexeu no esperto 1.3 turboflex de até 185 cv de potência e 270 Nm de torque, que entrega um dos melhores desempenhos da categoria.
• O motor é associado a um câmbio automático com seis marchas nas versões de tração dianteira, enquanto as 4×4 trazem a caixa de nove velocidades.
• As suspensões independentes nas quatro rodas ainda são referência ao combinar um rodar confortável com robustez sem prejudicar a dinâmica do SUV, que segue bem elogiável.

No fim, o simpático jipinho fabricado em Goiana (PE), apesar da idade avançada, ainda é competitivo. Daria para vendê-lo por assim por mais alguns anos… Mas, como a MOTOR SHOW noticiou em primeira mão, uma nova geração deve chegar, usando a plataforma CMP, para conviver com o Avenger (o “baby Jeep” que deve ser feito no Brasil). Manter a geração atual e ter três opções seria pedir demais?

(Divulgação)

Jeep Renegade Sahara

Preço Básico R$ 115.990
Carro avaliado R$ 176.490

Motor: quatro cilindros em linha 1.3, 16V, injeção direta, turbo, duplo comando com variação na admissão e no escape

Combustível: flex
Potência: 180 cv (g) e 185 cv (e) a 5.750 rpm
Torque: 270 Nm a 1.750 rpm (g/e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e multilink (t)
Freios: discos ventilados (d) e discos sólidos (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,268 m (c), 1,805 m (l), 1,702 m (a)
Entre-eixos: 2,570 m
Pneus: 225/55 R18
Porta-malas: 320 litros
Peso: 1.476 kg
Tanque: 55 litros
0-100 km/h: 8s8 (e)
Velocidade máxima: 209 km/h (e)
Consumo na cidade: 10,9 km/l (g) e 7,7 km/l (e)
Consumo na estrada: 12,7 km/l (g) e 9,0 km/l (e)
Nota do Inmetro: C
Classificação na categoria: C (Utilitário Esportivo Compacto)



Motor Show