No AP, indígena que aprendeu falar português aos 12 anos realiza Enem pela 1º vez: ‘quero medicina’




Jucilene Miyu Katxuyana Tiriyó, de 20 anos, pertence à etnia Tiriyó, localizada próximo ao Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no Pará.  Jucilene Miyu Katxuyana Tiriyó, de 20 anos, realiza prova na Escola Gabriel de Almeida Café, em Macapá
Mariana Ferreira/g1
Neste domingo (12) ocorre o 2º dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No Amapá, mais de 28 mil estudantes se inscreveram para realizar a prova, entre eles, a indigena Jucilene Miyu Katxuyana Tiriyó, de 20 anos.
Veja também:
FOTOS: veja como foi a chegada de estudantes do AP no 2º dia de provas do Enem 2023
A jovem que pertence à etnia Tiriyó, localizada próximo ao Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no Pará, mora na Zona Norte de Macapá, e está realizando a prova pela primeira vez. Ela conta que sonha em cursar medicina.
“Estou terminando o ensino médio e vou para faculdade. Eu estudei bastante para chegar a esse ponto e fazer a prova, né? “Por isso, quero passar para fazer medicina”, afirmou. 
Jucilene foi adotada ainda criança por uma família e foi morar na capital Belém. Com sua mãe adotiva aprendeu a falar português aos 12 anos. Há seis anos ela se mudou para o Estado vizinho, o Amapá. 
A indígena fala que sempre foi incentivada a estudar e se orgulha em representar uma parcela do povo Tiriyó. “É emocionante representar a minha aldeia, eu tenho orgulho. É tão bom mostrar que podemos chegar onde a gente quiser e se formar.”
Neste final de semana o Enem aborda assuntos das ciências exatas e da natureza. A previsão é que as provas se encerrem às 18:30 da tarde.
ENEM 2023 – DOMINGO (12) – MACAPÁ (AP) – Estudantes chegam para o segundo dia do Enem no Colégio Gabriel de Almeida Café, em Macapá
Mariana Ferreira/g1
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá
VÍDEOS com as notícias do Amapá:



G1 Educação