
Botafogo tem 14 finais (ou até menos) pela frente
Líder isolado do Campeonato Brasileiro desde a terceira rodada da competição e com uma campanha invejável no primeiro turno, o Botafogo passou pelo bloco mais complicado da segunda metade do torneio sem nenhum ponto na bagagem. Flamengo, Atlético Mineiro e Corinthians expuseram as vísceras do time mais visado do país. Neste setembro agônico, o Alvinegro substituiu o tesão das 19 primeiras partidas pela tensão de ver a diferença para o segundo colocado diminuir, praticamente, pela metade.
A taça do tri, no entanto, caiu e continua no colo do Botafogo. A tão proclamada “sorte de campeão” nunca lhe faltou. Afinal, os outros postulantes ao título continuam trocando pontos entre si e derrapando. Não indicaram que vão encostar e tampouco inspiraram a confiança necessária para pleitear, de fato, o papel de ameaça. A margem de sete ainda é muita expressiva na tabela do Brasileirão. Em outros cenários, a queda de rendimento significaria a perda imediata do primeiro posto da classificação.
Mas o Glorioso encontra um adversário duríssimo nesta caminhada para encerrar um jejum de 28 anos. O próprio Botafogo! Um time com a mentalidade frágil e com pouco preparo diante das instabilidades. E, assim, aumentam os erros infantis, o destempero e as declarações estapafúrdias. É gol contra, zagueiro perdido, falhas de cobertura, repertório nulo, ataque inofensivo, técnico entregando o cargo sem motivo algum, capitão deixando os companheiros na mão… Tudo errado!
Queda do Botafogo: difícil acreditar
Cuesta, Adryelson, Di Plácido, Marlon Freitas, Luís Henrique, Eduardo e Tiquinho Soares, destaques incontestáveis do primeiro turno, desaprenderam a jogar futebol de uma hora para outra? E o senhor Bruno Lage? Um técnico, campeão português e com passagem pela Premier League, é tão ruim assim para comandar o líder disparado do Campeonato Brasileiro? Será que o português sabe o tamanho da mácula na carreira com outro resultado que não seja o caneco?
Torcida engajada
A massa alvinegra carregou a equipe em momentos muito mais dramáticos. Em 2009, 2018 e 2019, chegou junto no Estádio Nilton Santos e evitou rebaixamentos. Em 2020, se não fosse a pandemia da Covid-19 e os estádios sem público, evitaria outro descenso. Agora, com o Botafogo perto de alcançar um título tão sonhado, não vai desanimar. É chover no molhado pedir apoio aos botafoguenses.
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