A quarta edição Mapa da Desigualdade
, divulgada nesta (19) terça-feira, mostra que a Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro vem perdendo habitantes. O estudo aponta a falta de recursos básicos, o racismo ambiental, a sobrecarga de aparelhos públicos e a crise climática
como alguns dos fatores preocupantes. A capital perdeu aproximadamente 100 mil pessoas
O Mapa traz 40 indicadores que revelam as condições de vida população fluminense. As desigualdades
começam já na gestação, devido a dificuldade de acesso aos exames pré-natal. Na cidade de Belford Roxo, Baixada Fluminense, 55% das mulheres grávidas fizeram menos de sete consultas, em 2022. A falta de direitos básicos
como água limpa, saneamento e segurança alimentar aumentam os índices de mortalidade.
Os municípios da Baixada Fluminense
, que concentram as piores avaliações de coleta de águas de rios, lagos e bacias, apresentam altos índices de pessoas negras internadas por doenças transmitidas por água não tratada. O estudo é dividido em quatro eixos: justiça racial, justiça de gênero, justiças econômica e climática
Indicadores econômicos e sociais
Segundo o Mapa quase 50% da população da metrópole do Rio de Janeiro recebe menos de um salário-mínimo (R$1320). O custo de vida e a falta de empregos afetam diretamente a qualidade de vida da população. Interligados a fatores como política pública, educação
, segurança e saúde.
Aproximadamente 13 mil famílias da região metropolitana recorrem a atendimento nos centros de referência de assistência social
(Cras). A média de atendimento no estado são 7.400 atendimentos. No Brasil, 4.918 famílias estão cadastradas do Cras.
Dados sobre a pesquisa
O Mapa da Desigualdade coletou informações de 22 municípios do Rio de Janeiro, a partir dos critérios abaixo.
– 40 indicadores
– 26 bases consultadas públicas e privadas e geração cidadã de dados
– 10 eixos temáticos organizados por 4 justiças