A Polícia Civil aguarda o resultado de um exame odonto-legal, que vai comparar dados odontológicos da estudante Júlia Hemanuelly de Faria Costa, de 15 anos, com a arcada de um corpo encontrado em adiantado estado de decomposição, no último dia 18, no município de Quatis, na Região do Vale do Paraíba, para saber se os restos mortais pertencem ou não à adolescente. O exame está sendo feito no Instituto Médico-Legal do Centro do Rio por dois peritos especializados em antropologia forense e por um perito odontolegista.
A estimativa é a de que o resultado seja conhecido até a próxima sexta-feira.
Júlia desapareceu no dia 13 de fevereiro, quando estava dentro de casa, em Arrozal distrito do município de Piraí, também localizado na Região do Vale do Paraíba. Um suspeito de envolvimento no sumiço da adolescente teve a prisão temporária decretada e já está atrás das grades. Luiz Paulo Alves Vieira Filho é padrasto de Júlia. Investigação feita por agentes da 94ªDP (Piraí) revela que ele culpava a garota pelo mau andamento do casamento com a mãe da menina. Luiz Paulo nega a autoria do crime.
Segundo o delegado Marcelo Haddad, da 94ªDP (Piraí), o corpo suspeito de ser o da estudante foi localizado em uma área de mata, na localidade de São Joaquim, distrito de Quatis.
— Tivemos informações da inteligência da Polícia Civil e fomos conferir. Após horas de procura, encontramos o esqueleto numa área de mata. Vamos aguardar o resultado para confirmar ou não a identificação. Quando concluir a investigação vou decidir se pedirei ou não a preventiva do suspeito — disse o delegado.
No último dia 24, Haddad já havia adiantado que Luiz Paulo era o principal suspeito do sumiço da menina.
— Os indícios são muito fortes e apontam que o Luiz Paulo é o autor do sumiço da enteada. Estamos investigando o caso e ainda dependemos de algumas perícias e do resultado de alguns exames. As investigações vão continuar — disse o delegado Marcelo Haddad, na ocasião.
Entre as perícias aguardadas pelo delegado estão o resultado de exames de DNA. Peritos analisarão manchas de sangue encontradas no carpete do carro, dirigido pelo suspeito, e no sofá da casa de Júlia. As manchas serão comparadas com material cedido pela família da jovem para saber se o sangue é ou não da menina desaparecida.
Abalados, familiares de Júlia disseram que vão aguardar o resultado dos exames que serão feitos pelo IML . E que, por enquanto, preferem não se pronunciar mais sobre o caso.
Fonte: Fonte: Jornal Extra