A Polícia Civil realiza, nesta manhã, uma ação para cumprir o mandado de prisão temporária expedido contra o empresário Nilson da Costa Ritto Júnior, que tentou matar um vigilante do condomínio onde morava, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O crime aconteceu na madrugada do dia 7. Nilson já é considerado foragido da Justiça.
Na ocasião, Nilson efetuou cinco disparos contra a vítima, que estava em serviço, no Condomínio Laguna. Segundo a polícia, a motivação seria o fato do vigilante ter acionado a Polícia Militar três dias antes, quando Nilson disparara também cinco vezes para o alto. De acordo com testemunhas, o acusado é conhecido pelo hábito de disparar de sua varanda.
Apesar de o autor não ter sido localizado, foram apreendidas duas armas de fogo, um revólver e uma pistola. Contra Nilson também foi expedido um mandado de busca e apreensão pela 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Nilson mora num apartamento duplex na Barra. Ele também tem dois outros endereços comerciais, em São Francisco Xavier, na Zona Norte, e em Botafogo, na Zona Sul.
‘Vai morrer’
Em depoimento à 16ª DP (Barra da Tijuca), o vigilante contou que, pouco antes de ser alvo dos disparos, o empresário Nilson Ritto aparecera em sua varanda e o ameaçara: “Vai morrer”. Segundo a vítima, as ameaças não foram retrucadas. Nesse momento, segundo o relato, o vigilante fazia uma ronda no condomínio, mas, após receber as ameaças, resolveu retornar para a portaria.
Minutos depois, no entanto, Nilson entrou em seu carro e aproximou-se do local onde a vítima estava. Ao parar na cancela, o empresário teria indagado: “Tá olhando o quê? Vai ficar olhando para mim?”. Logo em seguida, Nilson sacou a arma e apontou para a vítima, que também sacou sua arma para se defender. Ao perceber que o vigilante reagiria, o empresário teria abaixado a arma, passado pela cancela e só então efetuado os disparos.
Segundo as investigações, Nilson tem vasta anotação de passagens na polícia pelos mais diversos delitos, dentre eles o de ameaça de morte a sua ex-companheira. De acordo com a mulher, o empresário é usuário de cocaína, bem como possui duas pistolas, as quais porta de forma ilegal.
Na decisão, a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, afirma ser necessária a prisão do empresário, visto a gravidade do crime e das circunstâncias do fato.
Fonte: Fonte: Jornal Extra