Mulher e crianças mortas no Recreio serão enterradas no mesmo horário

A mulher e as duas crianças, dentre elas um bebê de 11 meses, mortas no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, serão enterradas na tarde deste sábado, no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. Andréa Cabral Pinheiro, de 27 anos, Maria Eduarda Affonso, de 12 anos, e o pequeno Matheus da Silva, foram encontrados sem vida na noite de quinta-feira, no apartamento da família, em um condomínio localizado na Avenida das Américas. Alexander da Silva, pai das duas crianças e marido de Andréa, foi preso suspeito de ter cometido o crime.

O crime foi descoberto a partir de uma desconfiança de um dos irmãos de Andréa, que, sem conseguir contato com a irmã, foi ao condomínio e, em seguida, procurou a polícia. Segundo ele, a última vez que Andrea falara com a família havia sido na noite anterior, o que o levou a estranhar a situação, já que mantinham contato direto. Sem conseguir resposta de ninguém ao bater na porta e interfonar para o apartamento, o irmão da vítima buscou a 42ª DP (Recreio). Lá, foi instruído a buscar por um chaveiro e tentar entrar no local. Após conseguir a autorização para entrar no apartamento, encontrou Andrea e Maria sem vida, com marcas de tiro. As duas estavam na mesma cama. Já o bebê Matheus estava morto em seu berço, sem sinais de que tenha sido baleado.

Criança de 12 anos entre as vítimas
Criança de 12 anos entre as vítimas Foto: Reprodução

Bebê entre as vítimas
Bebê entre as vítimas Foto: Reprodução

Em depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DH), obtido pelo GLOBO, Alexander da Silva — preso, na manhã desta sexta-feira, pelo homicídio da mulher e de seus dois filhos, uma menina de 11 anos e um menino de 11 meses — contou ter vagado durante quase 24 horas entre o momento em que saiu de casa, num condomínio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, por volta das 8h de quinta-feira, e a hora em que retornou ao prédio e foi preso, às 7h desta sexta-feira. Entre os locais por onde passou, Alexander disse que “ficou nos blocos” no Centro do Rio.

O suspeito do triplo homicídio disse que atualmente trabalha como motorista de aplicativo. Apesar disso, quando deixou sua casa, na manhã de quinta-feira, não foi trabalhar: à polícia, Alexander negou ter cometido o crime, contou ter deixado a família viva quando saiu do apartamento e afirmou que “precisava se distrair”.

Fonte: Fonte: Jornal Extra