O médico Victor Henrique Bueno da Fonseca, de 27 anos, desapareceu na manhã de ontem, ao sair para o trabalho. Segundo a esposa, Isabella de Araujo, o último momento em que foi visto foi às 6h52, no elevador do prédio onde mora, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Victor trabalha no Centro municipal de Saúde Albert Sabin, na Rocinha, e usava o crachá quando saiu de casa. Ele não teria chegado à unidade. O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
Em relatos publicados nas redes sociais, Isabella afirma não ter informações sobre o marido e que, inclusive, já o procurou em diversas unidades de saúde, sem sucesso. Desde que saiu de casa, Victor não responde às mensagens, nem atende o celular. Segundo Isabella, às 14h, o celular dele parou de receber sinal.
“Sem notícia nenhuma dele, segue desaparecido. A única coisa que a gente sabe é que ele saiu para trabalhar — ele trabalha como médico de família numa clínica da Rocinha —, com crachá e tudo, mas não chegou ao local de trabalho. O celular dele até estava recebendo mensagem, apesar de eu não estar recebendo mensagem nenhuma, e, a partir de 14h, parou de receber”, conta a esposa.
Isabella segue dizendo que acredita que o celular do marido tenha ficado sem bateria. Segundo ela, desde então, a família registrou o desaparecimento, tentou conseguir as câmeras do metrô e procura por Victor em unidades de saúde.
“Fomos até a estação (de metrô) que ele costuma pegar e pedimos as imagens, mas não quiseram passar sem um mandado judicial. Como a gente não teve acesso a isso, então não sei nem se ele chegou a embarcar no metrô para ir para a Rocinha”.
Isabella e Victor estão casados há um ano. Ao GLOBO, ela diz estar desesperada com o sumiço do marido:
— Estou desesperada, sem saber o que fazer e como procurar. Ele nunca sumiu assim, não sei nem o que pensar — afirma.
A família do médico, que é do interior de São Paulo, chegou ao Rio na manhã desta terça-feira para ajudar na busca por informações.
— Estamos todos procurando por imagens de câmeras, falando com a mídia, tentando falar com banco — conta Isabella.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana) e encaminhado à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que dará prosseguimento às investigações.
Em nota, a Secretaria municipal de Saúde (SMS) afirmou que Victor trabalha no CMS Albert Sabin, e que não se apresentou para trabalhar ontem. A pasta diz estar em contato com a família e presta todo apoio. Victor trabalha na unidade de segunda a sexta-feira e também realiza atendimentos remotos.
O MetrôRio diz não ter recebido nenhuma “solicitação dos órgãos responsáveis pela segurança pública sobre a ocorrência” e que as imagens são fornecidas conforme solicitação das autoridades policiais ou mandados judiciais para casos sob investigação. “A concessionária está à disposição das autoridades para ajudar na investigação do caso, inclusive fornecendo imagens e informações”, afirma a nota.
Fonte: Fonte: Jornal Extra