Nas redes sociais, as tentativas do programa de ousar com a imagem de Velma desagradaram o público e resultaram em tweets virais criticando sua nova versão. A recepção da crítica também não foi boa, com 42% de aprovação no Rotten Tomatoes — e apenas 6% do público –, e 1,3 estrelas de 10 no IMDb.
Mas as polêmicas acabaram despertando curiosidade do público, o que fez “Velma” se tornar a maior estreia de série animada de todos os tempos. Ou seja, ainda que para criticar, muita gente assistiu — feito que foi comemorado por Mindy Kaling no Twitter.
Thank you everyone for watching! 🎉 @hbomax @velmatheseries pic.twitter.com/QoZ6AIiPtB
— Mindy Kaling (@mindykaling) January 14, 2023
Quais são as críticas do público?
O primeiro grupo, dos mais conservadores, costuma ser mais resistente a mudanças. Digo, a quaisquer mudanças que fujam ao convencional. Trocar a etnia da personagem seria “inaceitável” por fugir do cânone criado e repetido muitas vezes em filmes, desenhos, quadrinhos, jogos e mais. Seguindo essa linha, assumir um gênero para uma personagem que não havia explorado essa faceta anteriormente também seria uma ideia “desnecessária”, que tenta surfar numa “moda” atual.
O problema é que os comentários negativos à “Velma” parecem se estender até mesmo entre o público mais “progressista”. Um dos motivos seria a falta de profundidade em retratar tais questões, o que poderia resultar em uma caricatura superficial. Piadas consideradas transfóbicas e sobre assédio sexual também se tornaram alvo de críticas.
O showrunner Charlie Grandy disse à revista Wired que “a ideia nunca foi reconstituir Scooby-Doo, ou substituí-lo completamente”. Grandy apontou que, para além da nova versão, outras (mais tradicionais) ainda existirão. “Ainda haverá filmes do Scooby-Doo na HBO. Ainda haverá recursos animados do Scooby-Doo. Esse trem nunca vai parar”, declarou.
Assista ao trailer de “Velma”, que está disponível no HBO Max:
Fonte: Gizmodo