O motorista Igor dos Santos Ferreira, ex-namorado da técnica de enfermagem Rita de Kássia Nogueira Matias dos Santos, assassinada brutalmente pelo então namorado, Iago Lacé Falcão, disse em depoimento à polícia que o crime pode ter sido motivado por ciúmes. A vítima ficou desaparecida por dois dias, entre os 13 e 15 de novembro, sendo encontrada morta na tarde de terça-feira, em Bento Ribeiro, Zona Norte do Rio.
Igor e Rita de Kássia foram namorados por dez anos. O relacionamento chegou ao fim em agosto deste ano, mas eles continuaram amigos e mantinham contato com frequência. Ele disse que soube pela mãe da vítima que ela já estava envolvida com o colega de trabalho, Iago, há cerca de três meses. No entanto, Igor afirma que não conhece, nem nunca chegou a ver o enfermeiro. No entanto, Igor acredita que Rita comentou sobre o relacionamento dos dois com Iago, o que teria provocado ciúmes.
Ele reforçou à polícia que nunca teve nenhum embate com o acusado. Mas soube por uma amiga de Rita que ele era uma pessoa “de temperamento difícil, possessivo e ignorante”, e tinha ciúmes do relacionamento anterior da técnica de enfermagem. Essa amiga teria até mesmo presenciado uma briga entre os dois. Devido a esse comportamento, Rita estaria pensando em terminar o namoro e retomar a relação com Igor .
No dia do desaparecimento de Rita, Igor disse que trocou mensagens com a vítima e não sabia que ela teria um encontro com Iago no mesmo dia. Ela teria dito que passaria o dia arrumando a casa. Um dos assuntos da conversa seria um possível encontro entre os dois. Segundo Igor, eles estariam pensando em retomar o relacionamento. Os últimos textos foram trocados por volta das 20h. Desde então, Igor continuou tentando contato, sem sucesso, até que soube do desaparecimento.
Após receber a notícia, Igor foi até o local de trabalho dela, a Maternidade Leila Diniz, na Barra, em busca de informações. Lá, soube pela mãe da vítima que Rita havia saído domingo com o atual namorado e não tinha retornado. Em busca de informações que pudessem elucidar o crime, Igor conseguiu acessar as informações do aparelho de celular da vítima pela nuvem. Foi quando reparou que várias fotos estavam sendo apagadas do aparelho, apesar do sumiço de Rita. O telefone não foi encontrado.
Na última terça-feira, quando a polícia buscava por Rita, Igor decidiu mandar mensagem para Iago pelo Instagram. A resposta veio de imediato: “Irmão? Não sou irmão de vagabundo! Ladrão de carga, agressor de mulher. Aonde está a Rita, seu vagabundo?”, escreveu Iago. Os textos seguiram com xingamentos e ofensas a Rita. Logo depois, a conta foi apagada.
Igor continuou acompanhando as buscas até o corpo ser encontrado numa casa da família de Iago, em Bento Ribeiro, Zona Norte do Rio, desocupada há cerca de oito anos. Ele chegou a ir ao local com a família da técnica de enfermagem, onde aguardou a remoção do corpo. Igor chegou a ser confundido com o autor do crime e ameaçado por populares.
Iago confessou o crime e apontou o local onde o cadáver se encontrava. O laudo de exame de necropsia do Instituto Médico-Legal confirmou que a vítima morreu por asfixia mecânica pela constrição no pescoço.
Fonte: Fonte: Jornal Extra