A juíza responsável por decidir se o bilionário Elon Musk deve ou não concretizar a compra do Twitter ordenou nesta quinta-feira (25) que a rede social oferece mais informações ao empresário, mas não o volume “absurdo” que ele pediu.
Musk acusa o Twitter de ter mentido sobre a quantidade de contas falsas e spams na plataforma. Com esse argumento, desfez o acordo para adquirir a empresa por 44 bilhões de dólares.
O magnata sul-africano pediu à juíza Kathaleen McCormick que obrigasse o Twitter a compartilhar mais informações sobre o número de usuários, seus métodos de cálculo e critérios de performance.
Após escutar as duas partes na quarta-feira, a juíza considerou em uma decisão publicada nesta quinta que é justificável, antes de um julgamento previsto para outubro, solicitar ao Twitter “alguns dados adicionais”.
Assim, determinou que a rede social forneça informações sobre as 9 mil contas falsas e spams no quarto trimestre de 2021, assim como o método empregado para selecioná-las.
O Twitter alegou que isso poderia vulnerabilizar a proteção dos dados e, por isso, a magistrada estabeleceu que apenas um número limitado de pessoas – advogados e analistas de dados – devem ter acesso a essas informações.
Também ordenou que a empresa ceda mais dados sobre o número de usuários ativos diários considerados “monetizáveis”, ou seja, que podem gerar rendas.
Mas não aceitou todas as demandas de Musk, ao considerar que são “absurdamente amplas” e envolveriam “bilhões” de dados.
Além disso, em outra decisão publicada também nesta quinta, a juíza pediu ao bilionário que lhe forneça as análises feitas por seus próprios especialistas sobre as contas ilegítimas e spams com base em um primeiro conjunto de dados entregues pelo Twitter, que serviram de argumento para justificar a desistência de comprar a rede.
© Agence France-Presse