Conheça os candidatos:
Ciro Gomes – PDT
O advogado, formado em direito pela Universidade Federal do Ceará, iniciou sua trajetória na política em 1983, e no mesmo ano já se elegeu deputado estadual. Após esse período, Ciro Gomes foi eleito para ser prefeito de Fortaleza, posteriormente governador do Ceará e deputado federal. O canditado também já foi ministro da Fazenda em 1994 e fez parte do Ministério da Integração Nacional no primeiro mandato de Lula como presidente da República.
Esse ano Ciro disputa a presidência pela quarta vez e tem como vice Ana Paula Matos, também do PDT. O candidato participa da disputa sem o apoio de uma coligação em nível nacional, além disso, tem feito constantes críticas a Lula, desfazendo assim uma aliança que durou muitos anos entre PT e PDT no estado do Ceará.
José Maria Eymael – DC
Aos 82 anos, o advogado e empresário disputa a presidência pela sexta vez. Nascido em Porto Alegre, disputou sua primeira eleição em 1985, concorrendo a prefeitura de São Paulo. Foi nesse ano que o candidato começou a usar o “jingle” que é marca registrada de sua carreira e campanha desde então: “Ey, Eu, Eymael, um democrata cristão”.
Eymael não considera que faz parte do partido de direita e nem de esquerda. Mas durante esses 60 anos de participação política, filiou-se a partidos de direita. O candidato tem como pauta principal em seus discursos a pretensão de promover a democracia cristã no país.
O político tem como vice o economista e ex-prefeito de São Gonçalo, João Barbosa Bravo. E além disso, também não terá apoio de outros partidos em sua tentativa de chegar à presidência.
Felipe D’Avila – Novo
O cientista político é fundador do CLP (centro de liderança pública), organização dedicada a formação de líderes políticos.
Felipe D’Avila é visto internamente como um candidato que pode apaziguar divisões internas no Novo, pois ao mesmo tempo que é irmão do deputado estadual Frederico D’Avila, de São Paulo, que é um grande aliado do presidente Jair Bolsonaro, também é primo da ex-deputada Manuela D’Avila, que foi vice na chapa do PT para as eleições presidenciais de 2018.
O candidato tem como vice Tiago Mistraud, também do partido Novo e disputará essa eleição sem apoio e aliança de outros partidos
Jair Bolsonaro – PL
O militar da reserva e atual presidente da República disputará a reeleição nesse ano de 2022. Bolsonaro tem longa carreira dentro da política, sendo vereador do Rio de Janeiro entre os anos de 1989 e 1991 e também ocupou a vaga de deputado federal por sete anos mandatos.
O presidente tem falas polêmicas e ao longo do seu atual mandato já fez elogios a ditadura militar, defendeu o porte de armas e é veementemente contra o aborto. Seu mandato também foi fortemente mercado pela pandemia da Covid-19, período em que o presidente também foi polêmico ao defender o uso de medicamentos para o tratamento precoce da doença, porém sem eficácia comprovada.
Ainda durante seu governo, o atual presidente distribuiu auxílio emergencial de R$ 600 no ano de 2020 e R$ 300 no ano de 2021 e recentemente substituiu esse auxílio emergencial e o bolsa família pelo Auxílio Brasil, que é de R$ 400 mas entre os meses de agosto a dezembro será de R$ 600.
Bolsonaro vem para essa reeleição ao lado do vice, o General Walter Braga Netto, também do PL e com uma nova coligação, denominada “Pelo bem do Brasil”, na qual fazem parte os partidos PL, PP e Republicanos.
Leonardo Péricles – UP
Técnico em mecatrônica, o candidato já fez parte de movimentos estudantis e do movimento dos trabalhadores sem-teto de Belo Horizonte.
Péricles tem como vice Samara Martins, do mesmo partido e defende como proposta para seu governo a suspensão do pagamento da dívida pública e a revogação das reformas trabalhistas. O candidato também não terá apoio de outros partidos.
Luiz Inácio Lula da Silva – PT
Metalúrgico e principal nome do partido dos trabalhadores, o político foi presidente do Brasil por dois mandatos entre os anos de 2003 e 2010.
Seu governo foi marcado por programas de cunho social, voltados para a população menos favorecida, um exemplo é bolsa familia. Por outro lado foi um período marcado por escândalos de corrupção como o Mensalão. Alguns anos depois, com a criação da Operação Lava Jato, o ex-presidente também foi investigado por desvios de dinheiro.
Lula foi preso em 2018 pela Operação Lava Jato e foi condenado a oito anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e mais doze anos no caso do Sítio de Atibaia. Em 2019 Lula foi solto por decisão do STF e em 2021 o Supremo Tribunal Federal anulou todas as sentenças, tornando possível sua atual candidatura e a retomada de seus direitos políticos.
Lula tem como vice Geraldo Alckmin, do PSB e os partidos na coligação são PSB, PCdoB, PV, Psol, Solidariedade, Rede e Avante. Essa aliança dará ao candidato o maior tempo de propaganda eleitoral gratuita em rádio e na Tv aberta durante o período eleitoral.
Pablo Marçal – Pros
O candidato possui 2,3 milhões de seguidores e é conhecido por oferecer cursos como coach. Marçal se auto define como cristão, filantropo, empreendedor imobiliário e digital, mentor, estrategista de negócios, especialista em branding e jurista por formação”.
O influenciador tem como vice Fátima Pérola Negra, do mesmo partido, porém após algumas reviravoltas judiciais, a presidência do partido voltou para as mãos de uma ala favorável a uma aliança com o PT. Marçal reiterou que sua candidatura foi registrada no TSE e que vai recorrer da decisão do ministro Ricardo Lewandowski.
Roberto Jefferson – PTB
O advogado e ex-deputado teve sua candidatura aprovada, porém está em prisão domiciliar desde janeiro desse ano devido ao inquérito do STF sobre uma milícia digital que estaria promovendo ataques contra a democracia.
Jefferson foi condenado pelo STF no julgamento do Mensalão, por conta de um esquema de corrupção em que o petebista foi o principal delator, porém recebeu indulto do ministro do STF, Luis Roberto Barroso. Com a lei da ficha limpa, ficou estabelecido que o candidato teria oito anos de inegibilidade por ter sido condenado.
Por mais que o candidato possa realizar campanha eleitoral normalmente nesse espaço de tempo, o impedimento só se encerra em 2024, com isso existe a possibilidade de que a candidatura dele seja barrada pelo TSE.
Roberto Jefferson foi eleito deputado pela primeira vez em 1983, pelo Rio de Janeiro e sua filha, Cristiane Brasil, também já foi vereadora e deputada federal. O advogado e ex-deputado vem para essa disputa com o vice Kelmon Luís da Silva Souza.
Simone Tebet – MDB
Adovogada e professora universitária, Simone é senadora e líder da bancada feminina na Casa.
A candidata foi a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Foi eleita pela primeira vez no ano de 2002 para assumir o cargo de deputada estadual no estado do Mato Grosso do Sul. No ano de 2014 foi eleita senadora com 52% dos votos.
Recentemente, entre os anos de 2019 e 2020, Simone foi a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça do Senado e também a primeira mulher parlamentar a disputar a presidência da Casa.
Simone também esteve engajada e atuante na CPI da Covid e vem para essa disputa presidencial ao lado da vice Mara Gabrilli, do PSDB e tem como partidos na coligação o PSDB, Cidadania e Podemos.
Sofia Manzano – PCB
Economista e professora universitária, hoje em dia a candidata faz parte do quadro de professores da UESB (Universidade estadual do sudoeste da Bahia) e atua desenvolvendo pesquisas sobre o mercado de trabalho e a desigualdade social. Sofia também é militante do partido desse 1989.
A candidata, que já compôs a chapa de Mauro Iasi em 2014, na disputa para a presidência, vem para essa eleição ao lado do vice Antonio Alves, também do PCB. Entre as propostas de seu programa de governo estão: a revogação de reformas e a taxação de lucros, dividendos e grandes fortunas.
Soraya Thronicke – União Brasil
A advogada e empresária, Soraya Thronicke, natural do Mato Grosso do Sul, chegou a disputa pela presidência após a desistência de Luciano Bivar. Hoje Soraya é vice-lider do governo no Congresso e foi eleita pela primeira vez no ano de 2018, na mesma época em que a “onda conservadora” tomou conta da política e fez com que Bolsonaro chegasse a presidência.
A candidata se auto intitula como “conservadora nos costumes e liberal na economia”. Porém, ao longo do período de seu mandato, ela foi se distanciando do presidente Jair Bolsonaro. Na CPI da Covid, por exemplo, a senadora fez críticas ao governo, inclusive sobre a demora na compra das vacinas.
Simone concorre a presidência ao lado do vice Marcos Cintra, do mesmo partido e sem o apoio oficial de outros partidos. Entretanto, terá o quarto maior tempo de propaganda eleitoral gratuita.
Vera Lúcia – PSTU
Vera Lúcia nasceu em Pernambuco, na cidade de Inajá e já trabalhou como datilógrafa, garçonete e faxineira. Já foi filiada ao Partido dos Trabalhadores mas essa relação foi rompida no início dos anos 1990.
A candidata também já participou do movimento sindical, assim que começou a trabalhar em uma fábrica de calçados .
Vera tenta chegar a Presidência pela segunda vez, agora com o vice Kunã Yporã, do PSTU. No ano de 2018, quando disputou pela primeira vez, teve um total de 0,05% dos votos totais.
Em sua proposta de governo, Vera afirma ser “uma alternativa socialista e revolucionária” para o Brasil.
Fonte: O São Gonçalo