Depois de anunciar duas reduções no valor de revenda da gasolina nas refinarias durante o mês de julho, a Petrobras vai reduzir o valor do diesel. A partir de amanhã, o litro do combustível cai de 5,61 reais para 5,41 reais, uma queda de 3,56%. Essa é a primeira revisão para baixo no preço desse combustível desde maio do ano passado.
A decisão tomada pela diretoria comandada por Caio Mario Paes de Andrade, ex-secretário do Ministério da Economia, reflete a queda nos preços do barril do petróleo no mercado internacional. A Petrobras utiliza política de paridade de preço, que leva em consideração o câmbio e o preço do petróleo. Depois de subir durante 2021 e atingir picos com o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, entre março e abril, o barril vem recuando e, por isso, é possível a redução nos preços dos combustíveis.
Segundo a Petrobras, o reajuste acompanha a evolução dos preços de referência, ou seja, das cotações no mercado internacional, que se estabilizaram num “patamar inferior”. Em nota, a empresa afirma que a decisão “é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”. Em dois meses, o preço do petróleo recuou 21%.
A queda no diesel é bem-vinda, já que o preço do combustível compõe o valor de vários itens transportados pelas rodovias. Além disso, a queda no diesel representa um alívio pessoal para o presidente Jair Bolsonaro, que vinha sendo pressionado pelos caminhoneiros, importante base de apoio em sua eleição de 2018. A pressão era tanta que o governo engendrou um benefício para a categoria. Incialmente previsto para 400 reais, foi elevado para 1.000 reais e começa a ser pago na próxima semana.