O até então candidato do Avante à Presidência da República, o deputado André Janones (MG), desistiu oficialmente da candidatura nesta quinta-feira (4) e decidiu apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao blog, Janones antecipou na tarde desta quinta-feira a desistência. Disse ainda que quer que seu partido se coligue formalmente com a chapa presidencial encabeçada pelo PT.
Janones e Lula se reuniram na tarde desta quinta-feira (4), em São Paulo. O deputado já tinha indicado que tomaria a decisão de apoiar o ex-presidente.
No encontro com Lula, ficou acertado que Janones vai integrar o núcleo de redes sociais da campanha. Ele obteve popularidade ao realizar transmissões ao vivo durante a greve dos caminhoneiros, em 2018 (veja mais abaixo).
Na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, Janones marcou 1% nas intenções de voto.
Conquistar o apoio de Janones era um objetivo que a campanha de Lula havia traçado. Lula quer ganhar ainda no primeiro turno. Por isso, considera essenciais os votos que iriam para Janones. Também considera importante o fato de o deputado ser de Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país.
O agora ex-candidato do Avante afirmou nos últimos dias que as duas principais condições que colocaria para o ex-presidente Lula em troca do apoio eram: Auxílio Brasil permanente de R$ 600 e mais investimentos no SUS para tratamento de saúde mental.
Nascido em Ituiutaba, Minas Gerais, Janones ganhou projeção nas redes sociais ao realizar transmissões ao vivo durante a greve dos caminhoneiros em maio de 2018. No mesmo ano, ele se elegeu como o terceiro deputado mais votado em Minas Gerais, com 178 mil votos.
A candidatura de Janones à presidência pelo Avante foi lançada oficialmente no dia 23 de julho. Em material divulgado durante a pré-campanha, o deputado chegou a dizer que poderia ser um “caminho” para evitar uma “eleição do ódio”, na qual os dois principais rivais são Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Antes de chegar ao Avante, Janones passou por três partidos, entre eles o PT. Segundo a certidão de filiação do TSE, o deputado passou pelo PT (2003-2015), PSC (2015-2018) e Democracia Cristã (por uma semana em 2018) e Avante (2018-até o momento).
Fonte: Portal G1