A aventura do Globo Rural pelo Pantanal chega ao seu último capítulo. E, nesse terceiro episódio, o programa mostra a seca que acomete o bioma e como os peões fazem para lidar com essa problemática. Os rios, que antes os bois atravessavam nadando, hoje, são uma estrada de poeira.
Nessa edição, veja ainda a noite que a equipe do Globo Rural e os boiadeiros passaram no sítio da família do cantor Michel Teló e tiveram a famosa roda de viola.
Há 38 anos, o programa fez uma jornada semelhante pelo Pantanal (relembre aqui) e, agora, refaz o percurso em três episódios.
O primeiro foi apresentado em 17 de julho e mostrou os preparativos de uma comitiva. Já a segunda reportagem, do último domingo (24), ensinou como é o dia a dia dos peões e a função de cada um deles.
Em um Pantanal seco, a equipe do Globo Rural se deparou com um jacaré no meio da estrada de terra, sem nenhuma água por perto, mesmo sendo um animal que vive em volta de rios.
Um exemplo da seca está na última propriedade em que os peões costumavam levar o gado para beber água antes de chegar ao leilão. O açude feito pelos donos do lugar, hoje, é descrito pelo chefe da comitiva, Clayton Mourão, como muito raso e que a água virou lama, podendo atolar os animais.
Pouso com a família Teló
Apesar da seca, alguns poucos trechos percorridos pela comitiva ainda tinham pontos alagados. Esse é o caso da fazenda São Francisco. A propriedade pertence à família do cantor Michel Teló, que não manda gado para a comitiva, mas oferece um local de pouso.
Como o Globo Rural mostrou, os peões estão acostumados a dormir em redes, debaixo de árvores ou até mesmo em campo aberto, mas na fazenda São Francisco, há um barracão com ganchos para pendurar redes, bem como um tanque para lavar roupa e um fogão.
Os anfitriões, Aldoir e Cesar, são o pai e o tio de Michel Teló. À noite, eles convidaram os peões da comitiva e a equipe para uma roda de viola.
Jornada do Globo Rural no Pantanal chega ao final e boiada é leiloada
Na última parte do trajeto, a comitiva tem mais um desafio: dividir espaço com o tráfego de veículos.
Depois disso, a chegada ao destino: a fazenda Novo Horizonte, onde acontece um dos maiores leilões do país. Foram cerca de 120 quilômetros percorridos.
Assim que chega, o gado é separado por lotes. Cerca de 5 mil animais são leiloados no local todo mês. As negociações chegam a R$ 10 milhões e 70% dos compradores são de fora do Pantanal. Há ainda a compra pela internet, que corresponde a 40% das negociações.
O leilão faz o papel de escoamento da produção da região, conta o pecuarista Fernando Costa Rodrigues. Ele relata que, para os pequenos criadores, ficaria muito difícil um comprador buscar uma pequena quantidade de cabeças.
Os animais da comitiva acompanhada pelo Globo Rural foram todos vendidos nesse leilão, realizado em maio.
Saiba mais na reportagem completa no vídeo acima.
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Fonte: Portal G1