Dá para ver as imagens do James Webb no metaverso


Dias atrás, Mark Zuckerberg, da empresa Meta, publicou um trechinho de sua conversa com Neil deGrasse Tyson, um astrofísico influencer, autor de livros e documentários que visam popularizar a ciência. Nele podemos ver avatares de Zuckerberg e Neil conversando em uma estação espacial onde podem observar e se aproximar das imagens do telescópio espacial James Webb, apontando com a mão essa ou aquela estrela.

As primeiras imagens científicas coloridas enviadas pelo James Webb são bonitas, impressionantes e confusas, para quem não é astrônomo. Padrões coloridos mostram um espaço como ‘você nunca viu’. A reação da amiga da minha filha, de 8 anos, foi um retumbante “parece falso”.

A íntegra da conversa entre Zuckerberg e o astrofísico vai ser publicada ‘em breve’ no Startalk, videocast de Neil, e não fica claro se o espaço onde as imagens estão publicadas estará disponível para todos os usuários do Oculus.

Mas enquanto aguardamos, já é possível acessar as imagens em RV através de outras ferramentas, mostrando que existe uma tendência de que esses novos acontecimentos que flertam entre história e entretenimento tenham versões regulares e disponíveis em realidade virtual.

1. WebbVR: The James Webb Space Telescope Virtual Experience

Dá para ver as imagens do James Webb no metaverso
Imagem: Reprodução

Desenvolvido pela Space Telescope Science Institute e compatível com HTC Vive, Oculus Rift e Valve Index, esse aplicativo permite você visitar virtualmente o telescópio em sua órbita no sistema solar.

Nele, é possível obter informações sobre a história do telescópio, bem como compará-lo com seu irmão mais velho e famoso, o Hubble, além de conhecer fatos sobre os diferentes objetos celestes num modelo tridimensional navegável.

2. Vídeos em realidade virtual

Para quem não tem esses dispositivos mais caros, existe outra opção: no YouTube, você encontra diversas versões de montagens em filmagens 360, compatíveis com todos os óculos e também com celulares.

Dois formatos chamam a atenção.

No primeiro, você está em algum lugar, como um anfiteatro ou deserto, e assiste às imagens do telescópio em um telão à sua frente.

Parece bobo, mas quando você está imerso, a sensação é interessante.

Imagina ir assistir a esse show em um cinema? É parecido.

No outro, as imagens em alta definição se expandem por todo seu campo de visão e é como observar o próprio céu.

De novo, funciona, inclusive com o celular e o giroscópio, mas só mesmo imerso com óculos na cara é que você vai perceber a diferença que isso faz.

Com o crescimento do mercado, a popularização dos dispositivos e —se tudo der certo— o surgimento de padrões interoperáveis cada vez mais claros, a tendência é que essas experiências se multipliquem.

Como observou Neil em sua conversa com Mark Zuckerberg, a realidade virtual tem um potencial imenso para nos levar a lugares onde —de outra forma— ninguém ou poucos teriam acesso.



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