As mudanças na gestão da Caixa que geram apreensão entre os funcionários


A saída de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal por diversas denúncias de assédio sexual contra funcionárias da empresa não anulou o clima de instabilidade nos bastidores do banco. Trabalhadores da estatal mostraram-se preocupados com decisões anunciadas pela nova mandatária da empresa, Daniella Marques. Na última segunda-feira, dia 18, a Caixa anunciou algumas mudanças em sua estrutura organizacional. Dentre elas, a que mais preocupa é a criação da vice-presidência de gestão corporativa, decorrente de uma fusão entre as vice-presidências de estratégia e pessoas e de logística e operações.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, Sergio Takemoto, afirma que a decisão gerou apreensão entre os funcionários da empresa. “A mudança gera uma instabilidade, uma insegurança. Essa fusão de vice-presidências pode prejudicar a gestão de pessoas”, afirma ele. Além disso, o banco informou a migração da Corregedoria e unidades vinculadas, antes subordinadas à presidência, para o conselho de administração.

Takemoto diz que, mesmo após a troca no comando, o assédio moral continua na organização. “A cobrança por metas continua de forma elevada. O assédio organizacional continua muito pesado, e isso gera insegurança para os empregados”, afirma. O clima de apreensão entre os trabalhadores da empresa ganhou contornos ainda mais dramáticos quando o executivo-chefe da Diretoria de Controle Interno e Integridade (Decoi), Sérgio Ricardo Faustino Batista, foi encontrado morto na sede da instituição na quarta-feira, 21. A área que Batista chefiava é responsável por todas as denúncias de assédio recebidas pelo canal de atendimento criado pela empresa.



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